domingo, 13 de novembro de 2011

1ª Semana - De 7 a 11 de Novembro

Início de uma nova etapa na vida de estudante, começo de um estágio numa Unidade de Saúde Pública (USP).
Como em tudo o que se faz de novo na vida, existe sempre um pouco de ansiedade, apreensão e muita expectativa pelo que vamos encontrar.
 
Durante os próximos três meses irei integrar, junto com um colega a equipa da USP, para assim desenvolver novos conhecimentos e aprofundar os que já tenho, sobre o trabalho de um Técnico de Saúde Ambiental, pois será a minha futura profissão.
A USP é constituída por uma equipa especializada e multidisciplinar, que integra técnicos das mais diversas áreas, entre elas a medicina, engenharia, saúde ambiental, psicologia, serviço social, enfermagem, entre outras.

O primeiro impacto desta nova experiencia foi muito bom. Fui muito bem recebida pela Técnica de Saúde Ambiental que irá ser a orientadora do estágio, assim como pela restante equipa.
O primeiro dia de estágio baseou-se na transmissão da informação útil para o desenvolvimento das tarefas nesta unidade, tais como regulamentos internos, projectos e programas em desenvolvimento, plano de atividades, entre outros. Houve também o privilégio de participar na reunião semanal, que se realiza na unidade de saúde pública para colocar todos os membros da equipa a par da actividade que está a ser desenvolvida por cada um.


Queixa de Insalubridade








Existem procedimentos que devem ser efectuados na ocorrência de problemas de insalubridade. Um dos procedimentos é o contacto com as autoridades com competência, para proceder á resolução do problema.
O contacto com as autoridade competentes pode ser feito em formato de carta (queixa de insalubridade), e comunicada por e-mail, fax, carta ou telefone. Estes são alguns meios que a população utiliza para denunciar algum problema que ponha em risco a Saúde Pública.
Chegou ao serviço uma queixa de insalubridade, devido á presença de roedores num jardim-de-infância. Depois de registar a queixa houve uma deslocação ao jardim-de-infância para verificar a consistência da mesma. Ao efectuar a visita ao espaço não houve o registo da presença de roedores. No entanto não se deixou de fazer os contatos necessários para que o problema fosse resolvido e foram transmitidas, às funcionárias, algumas medidas de prevenção que devem ser tomadas para minimizar os prejuízos.
De regresso á Unidade de Saúde Pública, houve ainda tempo para uma análise á legislação que regula as clínicas e os consultórios dentários, e à legislação que estabelece as competências da autoridade de saúde e serviços de saúde pública.


Sensibilização Vagas de Frio




Visto que se aproxima o inverno, e com ele as tão indesejadas vagas de frio, que trazem sempre com elas graves problemas de saúde para os grupos mais vulneráveis, é de extrema importância dar especial atenção de forma a prevenir alguns incidentes.
A exposição ao frio acarreta consequências graves para a saúde. Para prevenir os efeitos do frio na saúde deve ter em atenção as recomendações que são muitas vezes dadas nos meios de comunicação social.
O frio é responsável pelo agravamento de doenças, particularmente, cardíacas e respiratórias.
Neste sentido, e no decorrer do que já tinha sido feito para as ondas de calor, foi proposto pela técnica de saúde ambiental a elaboração de uma campanha de sensibilização sobre as vagas de frio.
Deste modo, foi desenvolvido o folheto informativo que irá fazer parte da campanha que será dirigida a todos os indivíduos, com especial atenção para os grupos mais vulneráveis.

Os grupos mais vulneráveis:
- Pessoas idosas;
-Pessoas com doenças crónicas (Doentes cardíacos, vasculares, com insuficiência respiratória, reumáticos e diabéticos);
- Pessoas com mobilidade reduzida;
- Bebés e crianças.

Na minha opinião, este tipo de campanhas de sensibilização são de extrema importância na região onde nos encontramos, pois é uma região com uma população bastante envelhecida.
Deve garantir-se que estes indivíduos têm acesso aos cuidados que lhes permitam oferecer a melhor qualidade de vida possível.


Vigilância Sanitária a Clinicas e Consultórios Dentários


A vigilância sanitária é uma área que contribui para a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelas Unidades Privadas de Serviços de Saúde. Neste sentido surge aqui a necessidade na proteção da Saúde Pública, que se pretende ver reforçada. É essencial a uniformização das intervenções efetuadas pelas Unidades de Saúde Pública nas clínicas e consultórios dentários.
De acordo com o novo regime e tratando-se de estabelecimentos sujeitos a licenciamento,considera-se que a organização e realização de intervenções sistemáticas de vigilância sanitária deverão ser uma das prioridades das Unidades de Saúde Pública, para um melhor controlo das condições higio-sanitárias das Unidades Privadas de Serviços de Saúde.
Existe a necessidade de implementação de medidas de vigilância, susceptíveis de minimizar os riscos resultantes de inadequadas condições estruturais ou de más práticas com origem nos estabelecimentos privados prestadores de cuidados de saúde oral.
 Neste sentido, para dar resposta ao exposto anteriormente e para melhorar o funcionamento da Unidade de Saúde Pública, foi acordado entre os técnicos de saúde ambiental a escolha de um tema/área de intervenção ao qual se irá atribuir maior atenção durante o mês. O tema do mês de Novembro é as clinicas dentárias. O objectivo será fazer o levantamento de todas as clinicas existentes no concelho e posteriormente realizar algumas vistorias às mesmas para verificar se estão a ser cumpridas as regras higio-sanitárias de acordo com a legislação aplicável. O regime jurídico que estabelece os requisitos relativos a instalações, organização e funcionamento das unidades privadas de saúde é o Decreto - Lei nº279/2009 de 6 de Outubro e tem como objectivo garantir que a prestação de cuidados de saúde pelo sector privado se realiza com respeito pelos parâmetros mínimos de qualidade, quer no plano das instalações, quer no que diz respeito aos recursos técnicos e humanos utilizados.
Neste sentido procedeu-se ao levantamento exaustivo das Clinicas e Consultórios Dentários existentes no Concelho e elaborou-se uma grelha onde foram inseridos parâmetros relevantes para o trabalho que será desenvolvido nesta área.    
É de extrema importância a vigilância por parte da saúde pública neste tipo de estabelecimentos, pois permite garantir que os cuidados de saúde prestados aos utentes respeitam as normas de qualidade exigidas.



Água


Hoje em dia ainda é muito frequente, especialmente entre as pessoas mais antigas, a ideia de que as águas originárias de nascentes naturais que se encontram á disposição da população nos fontanários possuem propriedades terapêuticas.
Este principio aleado a problemas de origem económicos e a falta de confiança na água da rede pública, levam ao consumo regular da água dos fontanários.
Esta situação constitui uma preocupação das entidades ligadas á proteção da saúde pública.
Recentemente a Deco fez um estudo nesta área, onde podemos constatar que existem muitos fontanários com água de má qualidade a nível nacional.




30 de Junho, 2011
  
Um em cada três fontanários tem água imprópria para consumo e bebê-la é «arriscar a saúde», porque não têm ligação à rede pública, nem tratamento ou controlo, segundo um estudo divulgado pela associação de defesa do consumidor Deco.
Nos meses de Abril e Maio, a Deco recolheu amostras de água de 35 fontanários, de norte a sul do país, tendo escolhido os concelhos com base no elevado número de fontes públicas, incluindo os 18 fontanários que em 2004, no último estudo da associação, acusavam água imprópria para consumo.
A amostra incidiu em fontes não abastecidas por água da rede pública de distribuição e que não são origem exclusiva de água para a população local, tendo o estudo avaliado as condições de higiene do fontanário e da área envolvente.
Segundo o estudo 'Água de fontanários de má qualidade', que será publicado na revista PROTESTE Julho/Agosto, a água de 12 dos 35 fontanários está imprópria para beber.
Em Caneças, Odivelas, a água excede o limite máximo de chumbo e alumínio. Em Abrantes, foram detectados valores elevados de manganês, metal pesado perigoso por acumular-se no organismo.
Nos restantes 10 fontanários (Almeida, Baião, Beja, Elvas, Loulé, Nisa, Santarém, Santiago do Cacém, Vale de Cambra e Santa Maria de Viseu), a principal razão deve-se a contaminação bacteriológica por E. coli, Enterococus, Clostridium Perfringens ou coliformes fecais, adianta a Deco.
«Geralmente, estes microrganismos habitam nos intestinos de animais de sangue quente como o homem. Febre, diarreia e vómitos são sintomas comuns, típicos de gastroenterite e intoxicação alimentar. Infecções urinárias e, mais raramente, endocardite bacteriana, são também efeitos», explica o estudo, alertando que as crianças, idosos e indivíduos debilitados podem ser os mais afectados.
Depois de analisados os fontanários, a Deco alertou as autarquias, juntas de freguesia e autoridades regionais de saúde.
Segundo a associação de defesa do consumidor, «são evidentes as falhas dos municípios e juntas de freguesia em garantir a qualidade da água fornecida por fontes não ligadas à rede pública (esta abrange 98% da população)».
«Autoridades de saúde, câmaras municipais e juntas de freguesia atribuem responsabilidades entre si e este jogo permite que água imprópria esteja acessível à população, crente das suas boas propriedades. Se a má qualidade representar risco para a saúde pública, as autoridades de saúde devem ordenar a interrupção do fornecimento», acrescenta.
A Deco lembra que, desde que a fonte não seja origem exclusiva de água para a população, a lei permite a sua não inclusão no Plano de Controlo da Qualidade da Água, bem como que os municípios ou freguesias, em geral responsáveis pelos fontanários, descartem responsabilidades, desde que no local esteja afixado um aviso de «água não controlada».
«Mas estes avisos são, muitas vezes, removidos ou vandalizados e não demovem a romaria de populações a estes locais com água a custo zero, mas com risco elevado para a saúde de quem a ingere», salienta a Deco.
Fonte: Lusa/SOL
Com base nas notícias que saíram recentemente sobre esta problemática e por forma a garantir o cumprimento do disposto no Decreto-Lei nº306/2007 de 27 de Agosto, realizou-se uma reunião entres as Juntas de Freguesia, o Serviço de Saúde Pública e a entidade gestora do sistema de abastecimento público, com o objectivo de sensibilizar os Presidentes das Juntas de Freguesia do Concelho para a problemática da existência dos fontanários com água não controlada e para a importância de informar as populações sobre esta problemática.
Nesta reunião foram entregues aos presidentes de junta placas que serão colocadas nos fontanários com a informação disponível para todas as pessoas (residentes ou não), “Água não controlada”. Foi ainda levantado pelos presidentes de junta a hipótese da elaboração de um folheto informativo sobre esta problemática e que o mesmo chegasse a toda a população, pois assim seria o melhor caminho para sensibilizar a população no que diz respeito ao problema dos fontanários.
Na minha opinião, a reunião foi bastante produtiva, visto que os presidentes de junta mostraram-se disponíveis para colaborar e foram receptivos aos conselhos que foram dados pela autoridade de saúde e pela entidade gestora.
Acho que este grupo de trabalho está a dar passos largos no que diz respeito á sensibilização e alerta das populações relativamente a esta problemática.

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